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Linguagem

Last edited by Marina Freitas Nov 18, 2020
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Entendemos que a linguagem escrita e oral, como parte fundamental da nossa comunicação, é uma forma de carinho e acolhimento. Para além de "certos" e "errados", acreditamos que a forma a qual nos referimos as pessoas ao nosso redor deve ser carinhosa e cuidadosa. Por isso, a equipe do CTA está na busca de introduzir uma linguagem neutra e acessível. Essa página tem como objetivo reunir informações sobre a linguagem neutra e acessível, além de dicas de escrita e fala.

  • Linguagem Neutra e Acessível
  • Dicas de escrita
    • Materiais Visuais
    • Mas e o "@" e o "x"?
    • Mas não é "errado" gramaticamente?
  • Material de Apoio
  • Como tratar o assunto em questionários?

Linguagem Neutra e Acessível

A língua portuguesa adota o masculino como padrão. Por isso, quando se fala no plural, ou no geral, se diz "todos", "engenheiros", "os deputados", etc. Essa prática invisibiliza pessoas que não são homens, como um reflexo de uma linguagem criada em uma sociedade machista em que o homem-cis é o representante universal. Reproduzir essa linguagem é, em certo nível, reproduzir o machismo e a transfobia estruturais. Além disso, pessoas que não se encaixam nesse padrão não são, e não costumam se sentir, representadas. Por isso, não se vem sendo consideradas. Um exemplo trazido por Paula Ribas em seu texto, mostra que ao pesquisar no buscador de internet pela frase "Você está pronto?", os resultados apontam para artigos que se referem a "Você está pronto para seu emprego?", ou "Você está pronto para ganhar?", enquanto a mesma pesquisa no feminino, "Você está *pronta?", retorna resultados de artigos sobre "Você está pronta para namorar/casar?". Esse é um simples exemplo de como o masculino não representa o geral, e sim, representa um papel de gênero pré-estabelecido pela sociedade, que propositalmente exclui as outras pessoas. Uma solução é sempre se referir ao masculino e ao feminino, usando "todas e todos", por exemplo. Porém, essa opção desconsidera pessoas não-binárias. Pessoas não-binárias são pessoas que não se identificam com o binarismo de gênero (homem ou mulher) imposto culturalmente. O constante destaque do gênero na linguagem também força que seja atribuída a cada pessoa um gênero. Por exemplo, ao conhecer uma pessoa nova, é comum que seja atribuída a ela um gênero, olhamos e pensamos "É homem", ou "É mulher", e então passamos a nos referir a ela com pronomes masculinos ou femininos. Porém, não é obrigação de ninguém performar, se vestir, e se expressar de acordo com nenhum gênero em específico. Mulheres podem ter barba, homens podem ter mamas e pessoas não-binárias não precisam ser andrógenas. Portanto, classificar a identidade de gẽnero ("ser homem", "ser mulher", etc.) de alguém e atribuir a ela pronomes específicos baseando-se apenas na forma como ela se veste ou se porta é uma grande violência para pessoas que não seguem os padrões binários cis-hetero-normativos ("agir como homem" ou "agir como mulher"). Para quem nunca passou por essa situação, nós te convidamos a ter um ato de compaixão e tentar entender o quão violento pode ser ter sua identidade constantemente apagada, confundida e ignorada. A partir disso, busca-se adotar uma linguagem que não destaca o gênero das pessoas (individualmente ou coletivamente). O uso do "@" e do "x" estão bem difundidos, porém ele se restringe a escrita, sendo difícil sua incorporação na comunicação ora. Além disso, a linguagem inclusiva não considera apenas questões de gênero, busca também facilitar a comunicação com pessoas com deficiências visuais, disléxicas, ou que tem como idioma principal as Libras. O "@" e o "x" não são facilmente compreendidos por softwares de interpretação de textos, usados por pessoas com deficiências visuais, e dificultando a interpretação do textos por pessoas disléxicas, como bem exemplificado por Hellen Teixeira nesse texto. Sugere-se então que a forma de falar e escrever seja alterada de maneira a não explicitar o gênero, buscando sempre palavras que existem e fazem parte do vocabulário brasileiro e em libras, e, quando necessário, trocando o "a" ou o "o" por "e".

Dicas de escrita

Sugere-se que a forma de falar e escrever seja alterada de maneira a não explicitar o gênero, buscando sempre palavras que existem e fazem parte do vocabulário do português e em libras, e, quando necessário, trocando o "a" ou o "o" por "e".

Os textos de Hellen Teixeira e Paula Ribas trazem diversos exemplos de escrita. As dicas descritas aqui foram baseadas em seus textos.

A dica principal consiste em trocar a palavra binária "os desenvolvedores" por "as pessoas desenvolvedoras". Esse é um exemplo que serve para maioria das palavras. Existem algumas expressões que já tem sua versão neutra, como por exemplo "estudantes".

Binário Neutro
Os membros do CTA A comunidade CTA
Os coordenadores da rede A coordenação/a equipe coordenadora
Os participantes do evento Participantes do evento (ou as pessoas participantes / que participaram do evento)
Os diretores A diretoria

A tabela a baixo traz exemplos de como frases binárias podem ser adaptadas para o neutro.

Binário Neutro
Você está pronto? Você é uma pessoa pronta / preparada?
Ficou interessado Tem interesse? / Interessou-se?
Mantenha-se atualizado Continue se atualizando
Bem vindo/a Boas vindas
O gestor da reunião A pessoa responsável pela gestão/A gestão foi feita por
Vamos jantar juntos? Vamos jantar, gente?

Em alguns casos, pode-se não ter uma alterativa neutra, ou não se consiga pensar em um uma adequada. Para esses momentos, se sugere trocar o a/o por e, e os pronomes "ela/ele" por "elu".

Palavra binária Sinônimo Neutro Sinônimo Neutro (com e)
Aluno/a Estudante Alune
Bem-vindo/a Boas-vindas Bem-vindes
Gestor Pessoa responsável pela gestão Gestore

Outra dica é suprimir os artigos e pronomes sempre que for se referir a alguém. Mesmo quando se sabe o gênero da pessoa, essa prática é boa para que possamos treinar se expressar e se comunicar com as pessoas independente de sabermos seus pronomes,

Binário Neutro
A Marina disse Marina disse
Foi ele quem disse Foi Renan quem disse

Além dessas pequenas alterações, pensar em uma linguagem acolhedora consiste em repensar como falamos e quais termos usamos. O CTA ainda está estudando como a comunicação escrita pode ser mais facilmente compreendida por pessoas que tem como idioma principal as LIBRAS e também pessoas que não estão acostumadas com termos acadêmicos e técnicos. Estuda-se também conhecer quais palavras tem origem racista, machista, capacitista, gordofóbica, classisita, homofóbica e transfóbica para que possamos tirá-las do nosso vocabulário.

Sugerimos que não se façam perguntas nem comentários constrangedoras e invasivas a ninguém. Como por exemplo, "Você é homem ou mulher?", "Você não parece trans.", "Mas será que se você fizer um esforço você não consegue entender o que está escrito?", "Como você sabe ler se é surdo?". Espera-se que a comunidade do CTA tenha bom senso para saber se comunicar com seus colegas, e saber discernir quando se tem intimidade e amizade para dialogar sobre temas sensíveis. Para além disso, temos buscado dialogar sobre outras temas, como branquitude e masculinidade, para nos entendermos melhor e, como isso, entendermos melhor as outras pessoas.

Materiais Visuais

Seguem abaixo os primeiros testes de materiais que auxiliam no entendimento do uso de linguagens neutras e acolhedoras. Ambas foram feitas no "Krita":https://krita.org/en/, com base em versões em inglês das mesmas. Os arquivos ".kra" ( 1 e 2 são as versões para serem abertas no Krita.

Adaptação feita por Victor Gandara

Adaptação feita por Victor Gandara

Mas e o "@" e o "x"?

O uso do "@" e do "x" estão bem difundidos, porém ele se restringe a escrita, sendo difícil sua incorporação na comunicação ora. Além disso, a linguagem inclusiva não considera apenas questões de gênero, busca também facilitar a comunicação com pessoas com deficiências visuais, disléxicas, ou que tem como idioma principal as Libras. O "@" e o "x" não são facilmente compreendidos por softwares de interpretação de textos, usados por pessoas com deficiências visuais, e dificultando a interpretação do textos por pessoas disléxicas, como bem exemplificado por Hellen Teixeira nesse texto. Sugere-se então que a forma de falar seja alterada de maneira a não explicitar o gênero, buscando sempre palavras que existem e fazem parte do vocabulário brasileiro e em libras, e, quando necessário, trocando o "a" ou o "o" por "e".

Mas não é "errado" gramaticamente?

É, mas a língua é viva, o que significa que pode mudar e se adaptar conforme as necessidades das pessoas que a usam. Além disso, artistas e cientistas como nós vivemos na fronteira entre o que é aceito e comum, e o que é desconhecido. Inovar não é apenas criar novas ferramentes tecnológicas para o mercado, é também se propor a inventar novas maneiras de existir no mundo. Por isso, o simples fato de algo não ser "gramaticamente correto" não é impedimento para que seja usado.

Material de Apoio

  • 18 expressões racistas que você usa sem saber
  • A expressão que eu usei é problemática?
  • Expressões capacitistas que deveriamos deixar de usar
  • Deixando o x para trás na linguagem neutra de gênero
  • Linguagem neutra exclui os deficientes visuais
  • Adotando a linguagem neutra
  • Guia de boas práticas para diversidade

Em anexo estão os materiais de apoio nos quais esta paǵina deve se basear.

Ambos trabalhos retirados do instagram @doviade

Como tratar o assunto em questionários?

As vezes precisamos fazer perguntas em questionários e podemos não saber exatamente como perguntar. Seguem aqui algumas sigestões baseadas nas dicas de Nick (no instagram @nicknagari). As informações que compartilhamos aqui são um estudo em andamento, e ainda há muito o que estudar e entender.

Iniciamos pensando "Qual pergunta deve ser feita?".

  • Opte por perguntar:
    • Qual o seu gênero?
    • Você é. . . ?
  • Evite perguntar:
    • Como você se identifica?
    • Qual o seu sexo biológico?

O importante é se perguntar: por qual motivo o gênero é importante para minha pergunta? É necessário saber o gênero, ou saber o pronome já basta? Caso você vá intergir com a pessoa, lembre-se sempre de perguntar seus pronomes (para mais dicas de uma linguagem neutra e acessível, beja os itens anteriores).

  • Como você prefere que te chamem?
    • Pronomes femininos ("ela é a Maria")
    • Pronomes masculinos ("ele é o João")
    • Pronomes neutros ("elu é Ariel")
    • Prefiro não declarar

Pode-se também adicionar a questão "tanto faz" ou dar a opção de múltipla escolha, para pessoas que se identificam com mais de um pronome. Caso seja importante perguntar gênero, Nick nos dá algumas dicas. Para questionários padrões, não faz diferença saber se a pessoa é cis ou trans. Ainda assim, é bom indicar que incluem-se pessoas trans para mostrar uma intenção inclusiva.

  • Questionário padrão
    • Mulher (cis ou trans)
    • Homem (cis ou trans)
    • Não-binário
    • Prefiro não declarar

Note que não basta dar as opções "homem" e "mulher", pois existem pessoas que não são nem um nem outro, como pessoas não-binárias. É possível ainda incluir idendidades que se destacam dentro do guarda-chuva não-binário, como "travesti" e "transmasculine", porém é preciso mais aprofundamente no estudo desse tópico para entender suas nuances. É possível também incluir a opção "outro", dependendo da finalidade do seu questionário essa opção pode dificultar a análise dos dados, ou pode não ser um problema.

Se você precisa saber sobre o corpo, além das perguntas sobre o gênero, possivelmente serão necessárias fazer outras perguntas. De qualquer forma, ao perguntar sobre o gênero, não o confuda com "sexo biológico". Se por algum outro motivo esse recorte for necessário na pesquisa, a sugestão de Nick é perguntar da seguinte forma:

  • Qual o seu gênero? (Marque a opção com a qual você se sinta mais confortável)
    • Mulher cis (que não é trans)
    • Mulher trans
    • Homem cis (que não é trans)
    • Homem trans
    • Não-binário
    • Prefiro não declarar

Da mesma forma, pode-se incluir as opções "travesti", "transmasculine" ou outro. Note que entre parenteses tem uma breve explicação do que é "cis". Essa explicação é sugerida porque nem todo mundo sabe o que significa "cis", principalemnte as pessoas "cis" e que nunca refletiram sobre o assunto. Sem essa explicação elas podem não entender e pensar que não tem uma opção que as representa.

Geralmente o CTA não precisa saber se a pessoa é cis ou trans, apenas saber os pronomes das pessoas. Pode ser interessante termos essa informação, por isso podemos seguir as intruções acima, ou buscar pode novas. Por vezes, queremos dar espaço pessoas de minorias sociais, como em seleções internas. Para isso, nossa colega @mfreitas sugere que a seguinte questão seja feita:

  • Buscamos promover maior equidade nas ciências e tecnologia, por isso escolhemos dar preferência por projetos apresentados por pessoas que pertencem a grupos minorizados. Motivados por isso, te perguntamos: você pertence a alguma minoria social?
    • (Marque todas as respostas que se aplicam a você.)Sim, sou uma pessoa de baixo nível socio-econômico
    • Sim, sou uma pessoa negra (autodeclarada preta ou parda)
    • Sim, sou uma pessoa LGBTQIA+
    • Sim sou mulher
    • Sim, sou indígena
    • Não me considero pertencente a nenhuma minoria social
    • Prefiro não responder

A explicação inicial tem a intenção de justificar a pergunta e ser menos invasiva. A pessoa pode se sentir ameaçada por ter que identificar suas identidades minorizadas, por isso é importante mostrar que a intenção é acolhedora. Além disso, é sempre bom deixar a opção "prefiro não responder", porque ninguém é obrigado a nada. Outros

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