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## História do projeto
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Sempre gostei de música experimental, mais especificamente com base em sintetização pesada. Isso, junto ao fato de sempre ter vontade de fazer o que gosto de consumir, me levou a entrar no mundo dos sintetizadores em 2021. No entanto, esse caminho é difícil na realidade do Brasil, onde um sintetizador monofônico simples pode chegar a custar até 3000 reais.
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Diante dessa situação, fiz o que já tinha costume, fui em busca de alternativas acessíveis. Depois de muita pesquisa e ideias mirabolantes, encontrei o projeto MFOS (Music From Outer Space), um site incrível repleto de projetos DIY envolvendo sintetização. Decidi embarcar no projeto do Sound-lab Mini Synth Mk2, um dos sintetizadores avançados disponibilizados no site. Fiquei animado e fui até a loja de componentes eletrônicos mais próxima, onde gastei todo o meu dinheiro em dezenas de componentes, percloreto e uma placa de cobre gigante para construir o sintetizador.
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No entanto, estava ciente de que sabia muito pouco sobre eletrônica e, inevitavelmente, a tarefa desafiadora de construir essa monstruosidade não deu certo. Cerca de dois meses depois, encontrei uma alternativa: o projeto Mki x .edu, do Moritz Klein, que propunha a construção de um sintetizador DIY de uma maneira diferente. Ao contrário do synth do MFOS, o Mki era construído no estilo Eurorack, com o circuito de cada módulo separado em placas individuais alimentadas por um bus em comum.
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Não quero desmerecer o projeto de placa única do MFOS (que pretendo revisitar um dia), mas, no momento, a abordagem de construir um synth com circuitos separados faz muito mais sentido para mim, devido à sua versatilidade e à possibilidade de dar atenção especial a cada módulo. Isso é algo que Moritz fez muito bem! A cada uma de suas construções, ele sempre fornece uma ótima descrição em vídeo sobre o funcionamento, a usabilidade e a montagem.
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Foi por esse caminho que acabei seguindo para a construção do PATO, uma espécie de sintetizador Frankenstein lindo que combina módulos projetados por membros da comunidade synth, como Ray Wilson do MFOS, e o próprio Moritz, com componentes e construções adequados à realidade brasileira. Ou seja, nada de chips caros que só podem ser encontrados na Europa. O projeto é de código aberto e os designs das placas de circuito impresso estão disponíveis no git (encontrar um bom projeto de PCB para impressão geralmente é a parte mais complicada da construção de um synth). |
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